Cristina Anglada é curadora de arte independente e gestora cultural. A sua área de investigação explora diferentes estratégias narrativas para delinear modos de pensamento em que o desejo, a imaginação, o prazer especulativo e o pensamento mágico desafiam os relatos oficiais. Interessa-se igualmente por práticas centradas na comunidade e nos cuidados mútuos.
Desde 2019, é membro ativo de Ses Milanes, uma associação sem fins lucrativos e autogerida que experimenta com a pedagogia radical na natureza, concebida e fundada pela artista e investigadora palestiniana yasmine eid sabbagh. Atualmente, é responsável pelo Programa de Artes Visuais Madrid 31 da Comunidade de Madrid, sob o título Contar é Escutar, um ciclo de conferências e oficinas com as artistas Beatrice Gibson, Alex Reynolds, blanca arias, Patricia Esquivias, Violeta Gil e Diego Delas.
Foi co-curadora da secção Opening da ARCOmadrid em 2024 e 2025, juntamente com Yina Jiménez Suriel e Anissa Touati, e continuará a colaborar para a edição de 2026. É assessora da recém-inaugurada Fundação Calparsoro, cuja coleção, com mais de uma centena de obras, inclui nomes como Miriam Cahn, Glenn Ligon, Theaster Gates, Carrie Mae Weems, Nan Goldin ou Kara Walker, entre outros.
Desde 2022, colabora também como professora convidada no Mestrado em Negócio da Arte da Universidade CEU San Pablo, em Madrid. Foi membro do júri para o Pavilhão Catalão da Bienal de Veneza 2026 e para a segunda edição da BKC em Rodes, Grécia. Trabalhou como assessora para várias coleções privadas, assim como para o Programa AC/E para a Internacionalização da Cultura Espanhola (PICE).
Atualmente, desenvolve diversos projetos curatoriais para o Casal Solleric (Maiorca), Es Baluard (Maiorca), Abierto x Obras (Matadero, Madrid) e CA2M (Madrid). Entre as suas exposições mais recentes destacam-se: Una fascinación (individual de Diego Delas); Procesionaria (individual de Gabriel Pericás); Tales of Disorder (Mercedes Azpilicueta, Sarah Bechter e Inês Zenha); Broken Open (Kirstin Wenzel, Álvaro Urbano, Leticia Ybarra, Alex Reynolds, entre outros); e Getting Lost into the Woods (Pedro Torres, Mónica Mays e Elena Bajo).
É licenciada em História da Arte pela Universidade Complutense de Madrid (2002–2007) e concluiu o Mestrado em História da Arte Contemporânea e Cultura Visual pela UCM e pelo Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofía (2010–2011). Em 2016, fundou, juntamente com Gema Melgar, a associação cultural sem fins lucrativos This is Jackalope, dedicada à difusão, produção e criação de práticas artísticas contemporâneas. Funciona como uma plataforma com vocação internacional, a partir da qual se promove o diálogo e a colaboração. Entre os seus projetos destacam-se o ciclo expositivo anual Un Rastro Involuntario para La Casa Encendida, publicações em papel e a produção de edições especiais de artistas como Teresa Solar Abboud ou David Bestué. Atualmente, preparam uma exposição em colaboração com The Merode (Bruxelas), com as artistas Lucía Bayón, Nadia Barkate, Camille Tsvetoukhine e Marie Zoliaman.